Uma Nova Revolucão

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Para nosso projeto, optamos por uma impressora 3D RepRap cartesiana com sistema FFF - Fused Filament Fabrication (Fabricação por Filamento Fundido). Esse sistema também é conhecido por FDM - Fused Deposit Modeling (Modelagem por Deposição de material Fundido). Essa definição, entretanto, foi patenteada por uma empresa americana, e seu uso em publicações e estudos tem diminuído muito.

As razões para nossa opção por esse tipo específico de impressora 3D foram várias, mas a principal foi o custo. Precisávamos de um equipamento que fosse barato, para facilitar o acesso popular.

De uma maneira geral, todas as pessoas entendem a razão das constantes campanhas de reciclagem e apoiam iniciativas de reaproveitamento, mas nem todos efetivamente participam dessas ações. Nosso projeto pretende criar um nível de reciclagem individual, em que, mesmo quem não tem o hábito, participe diretamente da reutilização dos resíduos domésticos.

Escolhemos uma impressora que use plásticos como matéria-prima porque é, atualmente, o material mais poluente do mundo, e também porque objetos criados a partir desses materiais têm utilização imediata nos lares.


Doutor Hideo Kodama, criador do sistema de estereolitografia *02

Para entendermos o funcionamento, vamos a um pouco de história. 
O conceito da "estereolitografia" foi criado em 1980, pelo Dr. Hideo Kodama, do Instituto de Pesquisa Industrial da Cidade de Nagoya, Japão. Nos 5 anos seguintes, outros grupos começaram estudos similares na França, na Alemanha e nos Estados Unidos.


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SLA-1

Em 1987, a empresa americana SLS Technology lançou a  SLA-1, primeira impressora 3D com pretensões comerciais.


Embora o estudo tenha florescido por quase duas décadas, a revolução do conceito só ocorreu em 2005, na Inglaterra, quando o engenheiro mecânico e professor Dr. Adrian Bowyer fundou a RepRap (acrônimo para Replicating Rapid Prototyper), e, na direção oposta dos outros pesquisadores, liberou os direitos de patente e divulgou todos os dados que possuía sobre sua pesquisa, criando a primeira impressora Open Desing e com direitos gratuitos de uso de seu software. 

O sistema RepRap, absolutamente inovador, permite que uma impressora já existente imprima componentes de outras, tornando a replicação do invento extremamente barata. Dessa forma o Dr. Bowyer possibilitou a formação uma rede mundial gratuita de pesquisas, em que centenas de pessoas passaram a desenvolver suas próprias impressoras e melhoramentos. 

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Adrian Bowyer, à esquerda, com sua primeira impressora 3D (parent), e seu colega Vik Oliver, à direita, com a segunda impressora (child), que teve todas suas peças plásticas fabricadas pela primeira.
Em pouco tempo, dezenas de modelos surgiram, e pequenas empresas começaram a emergir. Como já foi dito no post anterior, existem hoje quatro designs de impressoras 3D que utilizam filamentos plásticos, sendo as mais comuns as Cartesianas e as Deltas e, com menos destaque, mas pesquisadas com grande interesse, a Polar e a Scara. 


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Selecionei quatro vídeos para mostrar o funcionamento de cada uma delas. Vale lembrar que cada um desses tipos tem dezenas de modelos diferentes, prevalecendo apenas o conceito que as difere enquanto tipos.

Cartesiana

Delta

Polar

Scara


Nos próximos posts, vamos falar, de forma detalhada, sobre a partes componentes e o funcionamento da impressora cartesiana, a nossa opção para o desenvolvimento desse projeto.


Todas as imagens usadas nesse post e blog foram, ou criadas por mim ou capturadas na internet. Se a utilização de alguma dessas imagens infringir copyrights, terei prazer em adicionar os créditos ou remove-las, de acordo com  vontade de seus proprietários.

Abaixo, os endereços onde as imagens foram obtidas.


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